MISSÃO
Honrar todo o trabalho desenvolvido pelos nossos antepassados,desde meados do século XIX, na produção de vinhos do Porto e Douro de elevada qualidade, e alargar em Portugal e no estrangeiro a sua notoriedade.
VISÃO
Para o presente e futuro, queremos manter a tradição e a qualidade dos vinhos do Douro Superior, mas com modernização e novas filosofias de produção, conseguir surpreender os nossos consumidores com vinhos que se diferenciem bem e positivamente, num mundo enológico cada vez mais igual.
VALORES
Queremos que todo o nosso trabalho se reja por princípios de qualidade, honestidade e simpatia, tendo em mente a protecção ambiental e a defesa dos interesses dos nossos trabalhadores.
Com cerca de 70 ha de vinhas, a Quinta da Silveira na zona do Vale da Vilariça, apresenta 2 tipos principais de solos, o da encosta atrás das casas xisto granítico, o terreno do Vale com solo aluvião, algumas partes mais arenosas e a Quinta do Tourão 6 Km para Norte toda xisto vertical. Todas com diferentes tipos de declive, perfil, exposição solar e altitude, existem assim múltiplos "terroirs". O compasso utilizado é de 2,20x1m. No Vale há possibilidade de rega. No solo entre linhas faz-se enrelvamento com prados de gramíneas e leguminosas, para controlo de infestantes, fornecimento de azoto ao solo e não uso de herbicidas. As vinhas mais recentes têm condução em cordão unilateral, estando a ser alterada a condução das vinhas velhas para o mesmo sistema.
Na Quinta da Silveira e na Quinta do Tourão as castas escolhidas são das mais recomendadas para a produção do vinho do Porto e vinho Douro DOC.
Castas de Uva Branca: Rabigato, Códega do Larinho e Malvasia Fina, Viosinho, Gouveio, Arinto, Síria.
Castas de uva tinta : Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Tinta Amarela e Sousão.
Os porta enxertos usados são na maioria R110, algumas vinhas mais velhas têm o R99, a Tinta Amarela 1103P, as zonas mais húmidas o SO4.
Algumas das parcelas de vinhas muito velhas têm castas em conjunto, mas a maioria das parcelas têm apenas uma casta, permitindo escolher as maturações mais adequadas para serem vindimadas, e vinificadas separadamente.
A bonita adega da Quinta da Silveira,construída em 1879 toda em granito, tem na parte superior a Sul 7 lagares, onde a vinificação se processa, com pisa a pé. Apresenta abaixo dos lagares corredor com as bombas de massas de escoamento e permutador térmico para arrefecimento do mosto. Na parte exposta a Norte, com desnível de um andar, o armazém de receção dos mostos e vinhos, onde existem 10 tonéis e um balseiro em madeira para vinho Porto. Existem ainda barricas para vinhos Douro Doc e uma cuba de refrigeração. Em volta da adega existe teigão de receção de uvas, com esmagador-desengaçador e bomba de massas, duas prensas uma pneumática e uma contínua, Sistema de refrigeração. A Norte existe um anexo com 12 cubas de INOX, duas térmicas.
A enologia está entregue a dois enólogos: Manuel Maria Martinho e Rodrigo Martins
Partindo de escolas diferentes, o primeiro, Curso de Técnico Agrícola na Escola Agrícola D. Dinis (83/86) e Formações Contínuas na Faculté D'Oenologie da Universidade de Bordéus (99/02), o segundo a Licenciatura em Eng. Agronómica no ISA, e apoio a numerosos vitivinicultores.
Ambos ingressaram em 2006 no Curso de Mestrado em Viticultura e Enologia do ISA em Lisboa, em parceria com a FCUP do Porto, que terminaram com a defesa das suas teses, sob a orientação dos Prof. Dr. Jorge Ricardo da Silva e Carlos Lopes, onde além duma boa amizade, criaram uma parceria de trabalho com um misto de tradição e inovação, com excelentes resultados na viticultura e enologia da Quinta da Silveira.
Nasce António Caetano d'Oliveira em Torre de Moncorvo.
Adquire terrenos no Vale da Vilariça e cria a Quinta da Silveira em 1851.
Em 1879 são construídos os armazéns e a adega em granito, bem como a primeira estrutura da casa da propriedade.
Mais tarde, acaba por tornar-se Par do Reino.
Em 1914 a neta de António Caetano d'Oliveira, Júlia Alice de Oliveira, herda a Quinta da Silveira.
Nesse ano, dá-se o casamento entre Júlia de Oliveira com António Gonçalves Martinho, filho de uma família de Peso da Régua, também proprietários rurais com tradição na produção de vinho do Porto.
Foi neste anos que a Quinta da Silveira viu um crescimento substancial com o aumento da casa com arquitectura elegante e sui generis, melhoramento das vinhas e desenvolvimento de produção de leite e manteiga.
Foi nesta gestão que a propriedade passou a ser eletrificada.
Em 1973, a Quinta da Silveira é herdada pelos três netos de Júlia de Oliveira Martinho devido ao falecimento precoce do seu filho.Entre 1974 e 1978, Ana Maria Magalhães através do seu marido, primeiramente e depois Tó-Zé Oliveira Martinho, ficaram de gerir a Silveira neste período de transição.
A partir de 1979 Manuel Oliveira Martinho ficou encarregado da gestão da propriedade, com a incumbência de
iniciar a reestruturação das vinhas, modernização da adega, mantendo as características base de trabalho em lagares, recuperação dos toneis e cubas, introdução da refrigeração, modernização das máquinas, recuperação da casa. Fez formação agrícola, e enológica que necessitava para boa execução do seu objetivo.
Neste sentido, os três irmãos constituíram uma empresa familiar , a Sociedade Agrícola Vale da Vilariça, Lda., mantendo Manuel Maria Oliveira Martinho como gestor, visando a administração da propriedade.
Foi associada à gestão da Quinta da Silveira uma outra propriedade , a Quinta do Tourão, também situada no Vale da Vilariça.