A Nossa História

No início do século XIX, nasceu em Torre de Moncorvo António Caetano d'Oliveira. Seus pais, com origem em Foz Côa, eram proprietários rurais nestas duas vilas e também em Vila Flor. Durante as lutas liberais decidiram mudar a sua residência para aquela vila de Moncorvo.

António Caetano d'Oliveira, foi Par do Reino e teve uma atividade empresarial com grande relevo, com aquisição de muitos terrenos agrícolas,  terrenos e prédios urbanos, atividades industriais como a produção de seda que exportava para vários países, fabrica de sabão, de loiças e tecidos, tinha também atividade bancária num banco designado Banco Comercial do Porto, que encerrou no início do século XX já após a sua morte.

Por volta de 1851, adquire os terrenos no Vale da Vilariça,  designados Silveira onde  construiu  a Quinta da Silveira, que começou a desenvolver, com plantio de Olival, Amendoal e, acompanhando o início da procura do plantio de vinhas, na atualmente designada sub região do Douro Superior, faz a plantação de vinhas em largas áreas da propriedade paralelas à ribeira da Vilariça.

Em 1879 manda construir os armazéns e a adega em granito, bem como a primeira estrutura da casa da propriedade.


O filho do António Caetano,  Álvaro Júlio de Oliveira, veio a ter uma filha Júlia Alice de Oliveira que viria a herdar a Quinta da Silveira do seu fundador após o seu  falecimento em 1914.

Júlia Alice de Oliveira veio a casar em 1914 com António Gonçalves Martinho, filho duma família da Régua, também proprietários rurais com tradição na produção de vinhos do Porto. Foi assim possível desenvolveram em conjunto a Quinta da Silveira.

O casal teve apenas um filho António Caetano de Oliveira Martinho, que se formou em medicina e cirurgia em Coimbra e exerceu como  cirurgião em Lisboa onde viveu. Casou com Maria Teresa Guerra Bastos Gonçalves, atriz e escritora ( Tareka), de quem teve 3 filhos, Ana Maria Bastos de Oliveira Martinho,  escritora (Ana Maria Magalhães), António José Bastos de Oliveira Martinho , ator (Tó-Zé Martinho) e Manuel Maria Bastos de Oliveira Martinho, médico e enólogo.


Em 1957 faleceu António Caetano de Oliveira Martinho, antes da sua mãe, pelo que quando da morte desta em 1973, a Quinta da Silveira foi herdada por os 3 irmãos.

A partir de 1979 Manuel Maria ficou encarregado da gestão da propriedade,  com a incumbência de iniciar a reestruturação das vinhas, modernização da adega, fez formação agrícola, e enológica que necessitava para boa execução do seu objetivo.

Neste sentido, os três irmãos constituíram uma empresa familiar , a Sociedade Agrícola Vale da Vilariça, Lda., mantendo Manuel Maria Oliveira Martinho como gestor,  visando a administração da propriedade. Desta forma, foram transferidas ao longo dos anos, todas as vinhas da Silveira, cerca de 45 ha escolhendo as castas mais recomendadas para a produção de vinho do Porto e Douro DOC no “Terroir” determinado, aumentou-se o plantio na encosta atrás da casa. Foi associada à gestão da Quinta da Silveira uma outra propriedade , a Quinta do Tourão, de 25 Ha, também no Vale da Vilariça,  6 Km a norte, com terreno de xisto,  letra A de vinho do Porto e vinhas com cerca de  40 anos  em 15 Ha e o restante com 10 anos.

Assim mantém-se a tradição e a  Quinta da Silveira tem agora uma maior produção e qualidade de vinhos do Porto e Douro DOC, apresentando ainda, vinhos com características muito próprias.